8 de dez. de 2010
A Fase do Patinho Feio
Apesar deste diastema ser normal até a erupção dos caninos superiores, já vi muitas crianças usando aparelhos ortodônticos para fechá-lo. E isto me assusta! Os pais, que são leigos, desejarem fechar o espaço, tudo bem. Mas o profissional? Não!!!
Este diastema, presente por volta dos 8 aos 11 anos, é esperado e geralmente fecha completamente após a erupção dos caninos permanentes superiores. A tentativa de fechá-lo ortodônticamente geralmente é desastrosa, pois, nesta fase da dentição mista, os caninos permanentes ainda não erupcionados estão em íntimo contato com as raízes dos incisivos laterais permanentes (como observado na radiografia). Assim, o movimento de fechamento do diastema joga as raízes dos incisivos centrais em direção aos laterais e, as raízes dos laterais, em direção aos caninos. E os caninos podem ficar sem espaço para erupção. A partir de então teremos um problemas ortodôntico verdadeiro: impacção dos caninos permanentes (eles ficam retidos dentro do osso, não erupcionam).
Nesta hora, que os pais estão impacientes com o diastema, o melhor tratamento é uma boa conversa, mostrando tudo o que foi falado acima. Não é à toa que esta fase é chamada de "fase do patinho feio": um diastema mediano considerável entre os incisivos centrais permanentes superiores, que parecem enormes e desproporcionais para a criança (pois já erupcionam com seu tamanho definitivo do adulto) que ainda está em crescimento.
Dra. Raquel Moreira Guimarães
Ortodontista - CRORJ 27986
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25 de nov. de 2010
Implante Dentário
Através desses anos muitas pesquisas têm sido realizadas, novos conceitos idealizados e cada vez mais pacientes são reabilitados de diversas maneiras, desde o protocolo proposto por Branemark (uma prótese total fixada por implantes) até um implante unitário com carga imediata.
Isso demonstra a diversidade de técnicas que podem ser utilizadas com os implantes para que o paciente seja o maior beneficiado e acredito que nosso aprendizado com essas peças maravilhosas esteja apenas no começo.
O índice de sucesso dos implantes osseointegrados gira em torno de 95%, o que confere uma excelente previsibilidade e confiança nesse tipo de tratamento. Porém, temos que combater esses 5% que ainda falham. Enquanto isso o importante é esclarecer bem o paciente sobre esse risco e, se acontecer, dar todo o suporte para resolver o caso.
Quero ainda deixar uma única ressalva sobre os implantes. Não podemos tratá-los como uma panacéia, ainda existem casos que não conseguiremos utilizar essa poderosa ferramenta e, por isso, temos que nos esforçar a cada dia, através de muito estudo e pesquisa, no intuito de minimizar esses casos.
Dr. Rodrigo Coimbra de Almeida
CRORJ 25939
Implantodontia e Reabilitação Oral
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12 de nov. de 2010
Periodontite Juvenil
27 de out. de 2010
A Necessidade do Retratamento Endodôntico
27 de set. de 2010
Retratamento Ortodôntico
15 de set. de 2010
Resina em Dentes Posteriores
30 de ago. de 2010
As Mudanças nos Objetivos do Tratamento Ortodôntico
Mas por várias décadas a correção da posição dos dentes foi mais valorizada que a melhora das proporções faciais e, consequentemente, da estética.
Com o passar do tempo ficou claro que um excelente relacionamento dentário não era satisfatório às custas de proporções faciais incorretas.
Assim, há pouco tempo a ortodontia mudou em três aspectos importantes:
1- É dada uma importância maior à aparência dentofacial, que interfere muito na qualidade de vida de uma pessoa. Os ortodontistas finalmente entenderam que os pais e os pacientes procuram o tratamento para melhorar o aspecto facial e vencer os problemas psicológicos e sociais relacionados à aparência (como nas fotos acima, onde os pais se preocupavam com o aspecto "desdentado" do sorriso da filha e com o perfil "achatado" de sua face antes do tratamento ortodôntico. Fotos do livro de William Profit.).
2- A expectativa do paciente em relação ao tratamento dentário é ouvida e é permitido um envolvimento maior do paciente no plano de tratamento. É o fim da visão paternalista, onde o ortodontista não permite a discussão das opções do tratamento com o paciente e/ou os pais.
3- A ortodontia é frequentemente oferecida à pacientes mais velhos, em conjunto com outras especialidades odontológicas (prótese, periodontia e implantes, por exemplo). O objetivo maior não é alcançar a melhor estética ou posicionamento dentário, e sim manter a dentição por um período mais longo.
Dra. Renata de Carvalho Marinho
Ortodontista e Radiologista
CRORJ 29187
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17 de ago. de 2010
Reabilitação - Relato de Caso Clínico
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2 de ago. de 2010
A Importância do Sorriso
Dentre as várias especialidades odontológicas a prótese e a dentística são as que mais alteram o padrão estético do sorriso. E eu, mesmo sendo endodontista, sou uma eterna apaixonada pela prótese.
26 de jul. de 2010
Hiperplasia Gengival Idiopática
19 de jul. de 2010
Ortodontia e DTM - Parte 2
Realmente isto acontece, tanto na ortodontia convencional quanto na ortodontia lingual.
Quando começamos a movimentar os dentes ortodonticamente eles ficam doloridos, principalmente quando encostamos neles, como na mastigação. Desta forma, com os dentes muito sensíveis ao toque, qualquer tipo de apertamento e rangido desaparecem como mágica. Mas não há mágica alguma, simplesmente o hábito aumenta a dor de tal forma que nosso organismo o interrompe imediatamente.
A hora da verdade é a hora da remoção do aparelho ortodôntico. Da mesma forma rápida que o hábito desapareceu ele volta e ocorre uma grande frustração por parte do paciente, que culpa o ortodontista por falhas no tratamento.
Mais complicado ainda é realizar tratamento ortodôntico em pacientes que já usam placas para bruxismo e não têm mais os sintomas dolorosos. A remoção da placa trás o hábito de volta e o uso do aparelho pode ser intolerável nestes casos.
Assim, devemos esclarecer os pacientes antes do início do tratamento quanto às suas espectativas em relação à solução da DTM ortodônticamente, evitando criar este tipo de frustração. Lembrem-se: o paciente com DTM normalmente sofre muito com a dor miofascial e busca uma solução há algum tempo (provavelmente já passou por médicos e dentistas), podendo ter colocado todas as suas esperanças em curá-la através do tratamento ortodôntico.
Raquel Moreira Guimarães
Ortodontista - CRORJ 27986
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12 de jul. de 2010
Ortodontia e DTM
Há uns dias, relendo sobre o assunto, resolvi usar as palavras do autor William R. Proffit para postar um texto sobre ele, dando um maior embasamento ao que pretendo explicar. Ficou um pouco longo, mas a leitura é bem interessante e esclarecedora:
"A relação da má oclusão e da função adaptativa com a Disfunção da Articulação Temporomandibular (DTM), manifestada como dor dentro e ao redor da ATM é mais compreendida agora. A dor pode resultar de mudanças patológicas na ATM , mas é causada mais frequentemente por fadiga e espasmo muscular. A dor muscular quase sempre está relacionada com uma história de apertamento ou ranger dos dentes como resposta à situações estressantes ou com a postura constante da mandíbula em uma posição mais anterior ou lateral.
Alguns dentistas sugeriram que até mesmo pequenas imperfeições na oclusão servem para iniciar atividades de apertamento e de rangido. Se isto fosse verdade, indicaria uma necessidade real de aperfeiçoar a oclusão em todas as pessoas para evitar a possibilidade de aparecimento de dor na musculatura facial. Como o número das pessoas com más oclusões pelo menos moderadas excedem em muito aquelas com DTM, não parece provável que os padrões oclusais por si só sejam suficientes para causar a hiperatividade da musculatura oral. Uma reação ao estresse geralmente está envolvida. Além disso, a maioria das pessoas com má oclusão não têm problemas com dor muscular quando estressadas, mas desenvolvem sintomas em outros sistemas orgânicos. Raramente um indivíduo tem colite ulcerativa (relacionada ao estresse) e DTM associadas. Alguns tipos de má oclusão (especificamente a mordida cruzada posterior com deslocamento no fechamento) estão positivamente relacionados com problemas na ATM, mas têm uma relação muito fraca. Isso significa que para a maioria das pessoas não existe associação entre a má oclusão e a DTM.
Somente se um paciente responde ao estresse aumentando a atividade muscular oral, com dor, a má oclusão pode colaborar para tornar o problema mais grave. Portanto, o tratamento ortodôntico pode auxiliar os outros tratamentos para dor muscular, mas a ortodontia como tratamento primário quase nunca é indicada."
Raquel Moreira Guimarães
Ortodontista - CRORJ 27986
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5 de jul. de 2010
Pino de Fibra de Vidro
28 de jun. de 2010
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (Cone Beam)
21 de jun. de 2010
Facetas de Porcelana
14 de jun. de 2010
O que é Gengivite?
7 de jun. de 2010
Desmistificando a Endodontia
31 de mai. de 2010
Apinhamento Tardio dos Incisivos Inferiores
20 de mai. de 2010
Clareamento Dental
14 de mai. de 2010
Excelência no Atendimento
ACD RJ 11997
4 de mai. de 2010
Implantes: Carga Imediata
14 de abr. de 2010
Sorrindo no Altar
É claro que não é o ideal, mas existem muitos procedimentos que podem ser feitos com "urgência" e sem custo extra para isso. Mas qual são os procedimentos odontológicos mais procurados pelas noivas?
Clareamento dental
Facetas de porcelana
Fechamento de espaços (com resinas, facetas ou ortodontia)
16 de mar. de 2010
Rodrigo Coimbra de Almeida
Faculdade, o que falar da UFRJ?! Já sei: não queria sair nunca de lá. Realmente depois que me formei tentei ficar, todavia só mais seis meses, depois, vida real. O Fundão para mim era um lugar que você só vê nos mais belos sonhos. Não, lá não é um paraíso com verdes campos, cachoeiras, pássaros lindos. Lá é feio, muito feio, mas me trazia um bem estar enorme e hoje eu sei o motivo... eu amo odontologia.
Lá também conheci Raquel e Tatiana, eu um veterano cruel e elas calouras indefesas. Sabe aquele ditado "A primeira impressão é a que fica."? Balela, perguntem para Raquel. Mal sabíamos que dali surgiria a Oral Odontologia Integrada. A vida é incrível e a minha é também maravilhosa, graças a Deus!
Hoje, com 10 anos de formado, faço questão de fazer mais uma justiça. Desde de 31/03/2001 tenho ao meu lado uma pessoa que sempre me incentiva, que nos momentos difíceis me ajuda a segurar a barra, que tem grande responsabilidade em tudo o que sou hoje, tanto no âmbito profissional, quanto no pessoal e que me faz muito feliz. Quero registrar nessas poucas, simples, contudo apaixonadas palavras, toda minha gratidão, admiração e todo meu amor à minha linda esposa, Graciela.
Quero deixar claro que é uma honra participar dessa equipe e uma grande responsabilidade também, por se tratarem de pessoas altamente qualificadas. Admiro cada um de vocês, grandes profissionais e grandes pessoas.
Abraços e beijos para todos e até breve.
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Rodrigo Coimbra de Almeida
Reabilitação Oral - CRORJ 25939
12 de mar. de 2010
Mini-implantes Ortodônticos
Caso Clínico: observe quanto o dente movimentou em apenas 4 meses de tratamento.
No dia-a-dia do consultório, em conversas com colegas de trabalho, pacientes e amigos, muitos querem saber sobre mini-implantes ortodônticos. Como as dúvidas são grandes, achei que este seria um bom assunto "clínico" para o blog. O mini-implante ortodôntico é um auxiliar no tratamento ortodôntico. O nome assusta, pois é logo comparado ao implante tradicional, colocado cirurgicamente para substituição de um dente ausente. Mas só tem em comum a composição, titânio, mas não na mesma proporção. O miniimplante ortodontico tem compostos que não permitem a osseointegração, sendo removido facilmente do osso quando necessário.
Para fixar um mini-implante, escolhemos o local e anestesiamos o pontinho da mucosa que será perfurada. É uma anestesia superficial, somente "uma gotinha", para interromper a sensibilidade neste ponto da mucosa e no periósteo (parte mais externa do osso) abaixo dela. Não é preciso uma cirurgia, cortar gengiva ou osso, nada disso. Não ultrapassa 10 mm para dentro do osso, e não existe dor na perfuração após o periósteo, por isso a anestesia não é profunda. E a expessura máxima existente é de 2 mm. É rosqueado manualmente e pode ser feito pelo próprio ortodontista. Para removê-lo é só desrosquear, e isso é feito sem anestesia e sem dor.
A "cabeça" do mini implante ortodontico fica aparecendo na mucosa e é onde engatamos elásticos ou fios ortodônticos. Em muitos tratamentos ortodônticos precisamos aplicar grandes forças nos dentes, e apoiar essas forças em outros dentes pode ser arriscado, e às vezes contra-indicado. Até então, a solução era o uso de aparelho extra-oral, o famoso "freio de burro". Com ele, o apoio é feito na nuca ou na cabeça, impedindo que dentes bem posicionados sofram a reação da força aplicada nos dentes mal-posicionados. Este é o princípio dos mini-implantes: aguentar a reação da força. Chamamos esse tipo de mecânica de "ancoragem ortodôntica". O mini-implante substitui o aparelho extra-oral na maioria dos casos, mas não em casos ortopédicos, quando a atuação da força é no osso e não nos dentes. Explicando melhor: se é criança e está em fase de crescimento, usando extra-oral para "controlar" o crescimento da maxila, só ele resolve.
Agora veja as fotos que coloquei lá no início deste texto. São de um adulto e queremos aplicar uma força grande para intruir (mover "para dentro" do osso) um dente superior extruído. Falta o dente inferior, e a extrusão ocorreu por falta de contato. Há casos em que o dente superior desce até tocar a gengiva inferior, onde deveria estar o dente perdido, o antagonista. Antes da existência do mini-implante a solução era "cortar" a coroa do dente, tratar o canal e reabilitar proteticamente. Outra solução era o uso do extra-oral, com apoio no topo da cabeça, uso de 24h por dia . Ou extrair o dente e reabilitar com implante ou prótese. Mas com os mini-implantes o movimento foi conseguido em apenas 4 meses, e o mais importante: o dente permaneceu hígido (preservado, sem desgastes).
25 de fev. de 2010
Primeiras Palavras
Ortodontista - CRORJ 27986
Bom, já pensei durante horas. Tenho que escrever alguma coisa. A dúvida é básica, inicial mesmo. Faço dois blogs, um pessoal e outro profissional? Não, não. Um já tá difícil. Misturar não é o problema, minha vida é assim. E o título? Raquel Guimarães? Raquelorto? Mas a Oral não é só eu. Oral? Oralodontologia?
Tá, depois eu resolvo, vou escrever um pouco sobre algo que nunca tive dúvidas: Odontologia! É bem simples. Digo que nasci dentista, pois desde pequena já sabia o que queria, sem pais nem parentes dentistas.
E agora vou pular alguns anos, anos que meus pais e meus padrinhos se sacrificaram para eu estudar em boas escolas. O mínimo que eu poderia fazer é ser grata e me dedicar. Foi o que fiz. Faço até hoje.
E lá estava eu, 18 anos, perdida em um mundo chamado UFRJ. Para quem cresceu em Niterói e não andava solta por aí, é muita diferença. Estudar em uma Universidade Federal, em tempo integral e longe de casa não foi fácil. E não estou falando só do curso, do estudo. Ônibus lotado e em pé todos os dias, ponte Rio-Niterói P-A-R-A-D-A. Esta lembrança me dá arrepios. E os gastos são muitos: passagem, alimentação, livros, xérox... Material odontológico é muuuuuito caro! E pesado para carregar.
Mas, como dizem, eu era feliz e não sabia!
Foi lá que a Oral começou. Digo isso porque nesta época conheci meus queridos amigos Tati (Tatiana Murteira) e Niterói (Rodrigo Coimbra). Ela, minha colega de turma. Ele, um veterano obcecado por cirurgia. Mas só nos tornamos amigos mais tarde, já formados, quando nos reencontramos. O respeito profissional já existia, pois já éramos talentosos na faculdade. Hoje, Tati é uma excelente endodontista e, Rodrigo, tomou conta das cirurgias e das reabilitações, incluindo implantes. Eu me especializei em Ortodontia. Uma vez levei meu pai à Macaé para realizar um tratamento endodôntico com a Tati, pois nesta época ela só trabalhava lá. E hoje ele está entregue à reabilitação com o Rodrigo.
Ah! Não posso esquecer de apresentar toda a equipe, que é brilhante: Eliza (ACD), Renata Marinho (ortodontista e radiologista), André Temperini (periodontista), Isabela Marinho (endodontista), Adelany (odontopediatra), Paula Tepedino (estética), Corina (fonoaudióloga) e Adriana (psicóloga). Confio meus amigos e minha família a eles, afinal, são competentes e trabalham com amor. Todos escreverão um pouquinho neste blog.
Lá na Oral é assim, nossos pacientes são nossos amigos. Claro que há pessoas que preferem algo mais formal. Quem se identifica, fica. Certa vez fizemos uma reunião: tínhamos que ser mais profissionais, mais sérios, parar de ficar batendo papo com os pacientes na recepção, parar de abraçá-los e beijá-los, de rir... Mas não conseguimos mudar. Sempre que possível, vamos aos aniversários, casamentos, trocamos receitas, conversamos, rimos e choramos com eles.
Logo que me formei ouvi um sermão de uma dentista mais experiente. Como fiquei triste! Foi mais ou menos assim : "VOCÊ NÃO TEM POSTURA! CONVERSA MUITO COM O PACIENTE. TEM QUE SER MAIS FRIA, FALAR MENOS!". Oito anos depois estou aqui, igualzinha, e sei que chorei a toa.
E voltando ao presente, queremos colocar umas estórias legais aqui, casos clínicos interessantes... será que dá para postar mais de uma foto por texto?
Vou descobrir isso agora....